* Tradução de inglês para português e/ou português para inglês;

* Especialista em termos técnicos, incluindo todas as áreas de Biologia e Medicina;

*Tradução de resumos (abstracts);
* Mais de 15 anos de experiência;
* Clientes em todo o Brasil e no exterior, atendendo estudantes, escritores e empresas;
* Orçamentos sem custo ou compromisso;
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"...a tradução, quando praticada como se deve, não é mera profissão, mas arte, vocação, destino. As qualidades do bom tradutor são, em grande parte, as mesmas do bom escritor: inteligência, talento, gosto seguro, bom senso, imaginação, senso de harmonia..."

Paulo Rónai in À Margem das Traduções

A Tradução


Tradução é uma atividade que abrange a interpretação do significado de um texto em uma língua — o texto fonte — e a produção de um novo texto em outra língua mas que exprima o texto original da forma mais exata possível na língua destino; O texto resultante também se chama tradução.

Quem desconhece o processo de tradução quase sempre trata o tradutor como mero conhecedor de dois ou mais idiomas. Traduzir vai além disso. Há um famoso jogo de palavras em italiano que diz "Traduttore, Traditore", cuja tradução é "Tradutor, traidor".

Primeiramente, a tradução envolve dois idiomas, mas não para aí. As áreas ou tipos de textos traduzidos são variadíssimos. Um bom tradutor de romances não é obrigatoriamente um bom tradutor de textos científicos, e vice-versa.

Tradicionalmente, a tradução sempre foi uma atividade humana, embora haja tentativas de se automatizar e informatizar a tradução de textos em língua natural — tradução automática — ou usar computadores em auxílio à tradução (Tradutores on-line).

Segundo Marcello Novaes de Amorim [mestre em informática pela UFES], de um ponto de vista ontológico, a tradução pode ser entendida como o ato de mapear um texto, transportando-o de um domínio a outro.


História

As primeiras traduções importantes no ocidente foram da Bíblia. Os judeus haviam passado muito tempo sem falar hebraico, que se perdeu, e as escrituras tiveram que ser traduzidas para que fossem entendidas pelos judeus. De acordo com um documento chamado "Cartas de Aristéas, no século III, sob o reinado Ptolemeu II Filadelfo[1], no Egito, 72 sábios traduziram, do hebreu para o grego, as Sagradas Escrituras. Essa versão da Biblia se conhece como a versão alexandrina ou a versão dos 70. No século II, a Biblia foi traduzida do grego para o latim, originando a versão conhecida como Vetus Latina.

Poesia e Música

Talvez a forma literária de mais difícil tradução seja a poesia. Não só é necessário manter o significado, mas também o ritmo, as rimas e outras características típicas da poesia. Mais difícil, ainda, é a tradução da poesia ou mesmo da prosa, quando se trata de um texto de uma música (letra), pois este deve-se submeter à prosódia musical, ou seja, os acentos tônicos das palavras devem, preferencialmente, coincidir com os acentos musicais (arsis e thesis). Por exemplo: imagine se a conhecida melodia do "Happy birthday to you" (Parabéns pra você) fosse traduzida por "Feliz aniversário". A palavra "feliz" teria uma acentuação errada (fêliz). Isso pode até mesmo originar cacófonos e cacófatos.


Origem: Wikipedia

Tradução: Paulo Leminski!


Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989), foi um escritor, poeta, tradutor e professor brasileiro.
Leminski sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.

Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima.
Eis seus trabalhos como tradutor:

* FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
* FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
* JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
* JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
* LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
* MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
* PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
* BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
* Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.
Fonte: Wikipedia


"Acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido."


Livro: Línguas, Poetas e Bacharéis: uma Crônica da Tradução no Brasil


Lia Wyler, a premiada e respeitadíssima tradutora das aventuras do bruxinho Harry Potter e de tantos outros sucessos, lança seu primeiro livro. Em Línguas, poetas e bacharéis: uma crônica da tradução no Brasil, ela conta a história de seu ofício no país, do período colonial aos dias de hoje. Numa nação onde 80% dos livros de prosa, poesia e referência, bem como manuais e catálogos, são traduzidos, a história da tradução se confunde com a própria trajetória do país. Após traçar um interessantíssimo painel histórico, a autora lança uma questão crucial: por que a atividade do tradutor se mantém invisível em um país que durante 500 anos lê, pensa e sonha traduções das culturas que o têm dominado? A imprensa, de modo geral, costuma omitir os nomes dos tradutores nas resenhas literárias e nas listas de livros mais vendidos. Além disso, este ofício tão antigo só se tornou profissão liberal no Brasil no fim da década de 80 e aguarda a regulamentação até hoje. Ao longo de seu valioso trabalho de pesquisa e reflexão, Lia Wyler defende algumas teorias. A principal delas talvez seja a de que não existe uma única tradução perfeita possível, mas tantas quanto tradutores houver. Lia também argumenta que o texto do autor não é o único original - o do tradutor também o é, visto que não havia sido escrito antes. Tanto que a criação intelectual do tradutor é protegida por lei.

Editora: Rocco
Autor: LYA WYLER
Origem: Nacional
Ano: 2003
Número de páginas: 158

Combatendo o vício nuclear: por que precisamos de um mundo livre de armas atômicas

Como o presidente Barack Obama e outros líderes mundiais tem conversado ultimamente sobre a construção de um mundo livre de armas nucleares, é hora de considerar se isso seria uma boa idéia. Conheça seis razões para convencer sobre a importância da abolição das armas nucleares.

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Image by: Taz Forum
"

PressenzaNew York, 2009-07-14A primeira é que as armas nucleares são moralmente repugnantes. Afinal, são instrumentos de longo alcance, de matança indiscriminada. Elas destróem regiões e cidades inteira e massacram civis e soldados, amigos e inimigos, inocentes e culpados, incluindo um grande número de crianças. O único crime cometido pela vasta maioria das vítimas de um ataque nuclear é o fato de elas terem nascido do lado errado de uma fronteira nacional.

A segunda razão é que a guerra nuclear é suicida. Um ataque nuclear entre nações matará milhões de pessoas em ambos os lados do conflito e deixará os sobreviventes vivendo em um terreno atômico abandonado, no qual - como já foi insinuado - os sobreviventes invejariam os mortos. Mesmo se apenas um lado do conflito empregasse armas nucleares, a precipitação nuclear se espalharia pelo mundo, como um prolongado inverno nuclear, que reduziria a temperatura, destruiria a agricultura e o suprimento de alimentos, e destruiria o pouco que restou da civilização. Como numerosos observadores afirmaram, não haverá vencedores em uma guerra nuclear.

A terceira razão é que as armas nucleares não garantem a segurança de uma nação. Apesar de suas armas nucleares, as grandes potências, ao longo das décadas, se viram emaranhadas em sangrentas guerras convencionais. Milhões morreram na Coréia, na Argélia, no Vietnã, no Afeganistão, no Iraque, e em vários outros lugares. Como os líderes das potências nucleares já aprenderam, seus arsenais não os ajudaram nem um pouco nesses conflitos, pois os outros povos simplesmente não se amedrontam pelos seus poderios atômicos. As armas nucleares simplesmente são inúteis.

Nem o vasto arsenal nuclear dos Estados Unidos os protegeu de ataques terroristas. No 11 de setembro de 2001, dezenove homens - armados apenas com estiletes - organizaram a maior invasão terrorista aos Estados Unidos de sua história, na qual cerca de 3000 pessoas morreram. Que valor tiveram as armas nucleares o país para impedir esse ataque? Que valor tem elas agora na "guerra contra o terror"? Dado o fato de que os terroristas não ocupam território, é difícil imaginar como as armas nucleares podem ser usadas contra eles, tanto como um dissuasor como em um conflito militar.

A quarta razão é que as armas nucleares solapam a segurança nacional. Claro, essa disputa desafia a sabedoria convencional de que a bomba é um "dissuasor". E ainda, considere o caso dos Estados Unidos. Foi a primeira nação a desenvolver bombas nucleares e, por alguns anos, deteve o monopólio delas. Mas, em resposta ao monopólio nuclear dos Estados Unidos, o governo soviético construiu bombas atômicas. E então o governo estadunidense construiu bombas de hidrogênio. Então o governo soviético construiu bombas de hidrogênio. Então as duas nações competiram em construção de mísseis teleguiados, e mísseis com múltiplas ogivas, e assim por diante. Enquanto isso, as outras nações construíram e implementaram suas armas nucleares. E, a cada ano, todas essas nações se sentiam menos e menos seguras. E elas estavam menos seguras, porque quanto mais eles ameaçavam as outras, mas elas eram ameaçadas de volta!

Além disso, enquanto as armas nucleares existirem, permanece a possibilidade de uma guerra nuclear acidental. Durante o curso da Guerra Fria e nos anos que se seguiram, houve numerosos falsos alarmes de ataque inimigo que quase levaram ao lançamento de uma resposta nuclear com consequências potencialmente devastadoras. Além disso, as armas nucleares podem acabar explodindo em sua própria nação. Por exemplo, no verão de 2008, os oficiais de primeiro escalão da Força Aérea dos Estados Unidos foram demitidos de seus postos porque, desatenciosamente, tinham permitido vôos norte-americanos com armas nucleares ativadas dentro de seu próprio território.

A quinta razão é que, enquanto as armas nucleares existirem haverá a tentação de utilizá-las em guerras. Empreender guerras tem sido um vício entranhado por milhares de anos e, consequentemente, é improvável que essa prática acabe tão cedo. E enquanto as guerras existirem, os governos serão instigados a usar seus suprimentos de armas nucleares para vencê-las.

Evidentemente, as nações nuclearmente armadas não utilizam armas nucleares em uma guerra desde 1945. Mas isso reflete o desenvolvimento de uma resistência popular maciça ao conflito nuclear, o qual estigmatizou o uso de armas nucleares e levou os relutantes oficiais do governo a acordos para desarmamento e controle de armas. Mas não podemos supor que, no contexto de guerras e ameaças amargas à segurança nacional, a restrição nuclear continuará para sempre. De fato, parece provável que, quanto mais tempo as armas nucleares existirem, maior a possibilidade de elas serem usadas em uma guerra.

A sexta razão é que, enquanto as armas nucleares permanecerem nos arsenais nacionais, os perigos representados pelo terrorismo estão fortemente acentuados. Os terroristas não podem construir armas nucleares sozinhos, pois a criação de tais armas requer amplos recursos, um território considerável, e uma boa quantidade de conhecimento científico. A única forma de terroristas alcançarem uma capacidade nuclear é obtendo as armas, ou os materiais para fazê-las, dos arsenais das potências nucleares - tanto por doação, como por compra ou por roubo. Sendo assim, enquanto os governos possuírem armas nucleares existe o risco potencial de terroristas conseguirem acesso a elas.

O que, então, está nos impedindo da abolição nuclear? Certamente não é o povo, o qual pesquisa após pesquisa demonstra ser a favor de construir um mundo livre de armas nucleares. Mesmo alguns líderes de governo agora concordam que se livrar das armas nucleares é desejável. O verdadeiro obstáculo é o antigo vício de usar as mais poderosas armas disponíveis para solucionar conflitos entre nações hostis. Esse vício, porém, provou-se profundamente ineficaz, irracional - pior do que o tabagismo, pior do que drogas, pior do que quase tudo imaginável, pois leva a civilização ao limiar da destruição. É hora de largá-lo - e criar um mundo livre de armas nucleares.

Dr. Wittner é Professor de História da Universidade Pública de Nova Iorque/Albany. Seu mais recente livro é "Enfrentando a Bomba: Uma Breve História do Movimento para o Desarmamento Nuclear Mundial*" (Stanford University Press).

*Confronting the Bomb: A Short History of the World Nuclear Disarmament Movement.

Tradução de Renato Gonzalez (tradutor.renato@gmail.com)

Dr. Wittner is Professor of History at the State University of New York/Albany. His latest book is "Confronting the Bomb: A Short History of the World Nuclear Disarmament Movement" (Stanford University Press).

O Pólo Industrial de Camaçari


O Pólo Petroquímico de Camaçari é o maior pólo industrial do estado da Bahia. Fica localizado no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Abriga diversas indústrias químicas e petroquímicas, além de duas fábricas de marcas internacionais importantes: a Ford, fabricante americana de automóveis e a Continental AG, empresa alemã que produz pneus.

O Pólo iniciou suas operações em 1978. É o primeiro complexo petroquímico planejado do País e está localizado no município de Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, capital do Estado da Bahia.

Maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, o Pólo tem mais de 90 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como indústria automotiva, de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços.

Com a atração de novos empreendimentos para a Bahia, o Pólo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de expansão, gerando mais oportunidades de emprego e renda para o Nordeste.

A produção de automóveis pela Ford, no Pólo de Camaçari, consolida a trajetória de diversificação no Complexo Industrial e amplia as perspectivas de integração do segmento petroquímico com a indústria de transformação.

Localização
A localização estratégica do Pólo Industrial de Camaçari permite fácil acesso às indústrias através das rodovias BA-093 e BA-535 (Via Parafuso), ferrovias, portos e aeroportos.


Refinaria Mataripe: 27 km

Aeroporto: 30 km

Temadre: 36 km

Cidade Camaçari: 5 km

Terminal Aratu: 24 km

Cetrel: 3 km

Porto Salvador: 45 km

Dias D'Ávila: 7 km


Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre

Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas

Coordenadas: S 23°00’27’’ – W 47°08’04’’

O Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas (LATA: VCP, ICAO: SBKP) está localizado a 20 quilômetros do centro de Campinas e a 99 quilômetros da capital paulista. O aeroporto é referência do crescimento industrial da cidade de Campinas, e movimenta primariamente o tráfego de cargas.

Atualmente, representa o segundo maior terminal aéreo de cargas do país, responsável por 18,1% do movimento total de cargas nos aeroportos. Em 2007, registrou um fluxo de cargas embarcadas e desembarcadas em vôos internacionais de cerca de 228.239 toneladas. De cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas, uma passa pelo aeroporto. O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano.

Devido a sua localização geográfica privilegiada - um dos mais importantes pólos tecnológicos do país -, o Aeroporto de Viracopos conta também com um completo Centro de Treinamento para os envolvidos em atividades aeroportuárias nas áreas de Carga e Security (segurança da aviação civil), além do curso de Transporte de Cargas Perigosas (DGR - Dangerous Goods), dentre outros.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Economia


Oportunidade de negócios

Em tempos de crise econômica mundial, Brasil e Canadá intensificam as relações bilaterais, reforçando a importância da realização de missões prospectivas e comerciais para impulsionar as importações e exportações

Cristina Braga e Ligia Molina

Mesmo diante da conquista do investment grade, dos recordes de investimento estrangeiro direto (IED), das descobertas na camada do pré-sal, entre outros, o Brasil – assim como todos os países dos cinco continentes – lembrará de 2008 como o ano da crise econômica mundial. Recessão, cortes de créditos, oscilações na bolsa de valores são alguns dos episódios que passaram a fazer parte do cenário econômico nos últimos meses. “Antes, a forma com que os bancos ganhavam dinheiro parecia mágica. Hoje, a especulação está presente em todos os lugares e move trilhões de dólares na ciranda financeira.

O problema é que agora ficou mais complicado especular”, diz Stephen Poloz, vice-presidente sênior de finanças da Export Development Canada (EDC), ao considerar difícil estabelecer números para o momento atual. “Certamente esta é a maior crise desde o início da década de 1980.

Ao mesmo tempo, percebe-se que há um forte componente psicológico atuando e isso impossibilita a previsão exata do comportamento do mercado”, completa.

Da lista de países mais prejudicados pela crise de Antoninho Marmo Trevisan, presidente do conselho consultivo da BDO Trevisan, constam os Estados Unidos, e os países da Europa e da Ásia. “Não sabemos ainda quem está em vantagem, mas, com certeza, os países que não participaram de forma intensa desta ciranda do sistema financeiro internacional podem se beneficiar”, analisa, justificando que o Brasil encontra-se nesta categoria.

“O país está no melhor estágio de sua história econômica, por meio da melhor distribuição de renda, do ingresso de novos consumidores ao mercado e das empresas com fundamentos financeiros estruturados”, esclarece.

Em meio a inúmeras previsões, empresas canadenses instaladas em território brasileiro mantêm firmes suas estratégias. Um dos exemplos é a Alta Genetics, cujo desempenho em 2008 foi considerado excepcional. “Foi um período de ótimas realizações para o setor. Superamos nossas metas em mais de 15%”, afirma Heverardo Rezende Carvalho, diretor da companhia no Brasil. Sem acreditar na estagnação do mercado em 2009, principalmente pelos resultados obtidos no ano passado, o executivo está ciente de que o crescimento da economia mundial será menor. “O setor acompanha a evolução do mercado, mas por outro lado tratamos de gêneros alimentícios de primeira necessidade”, esclarece.

Enquanto as perspectivas de alguns setores em relação à economia interna é otimista, Paul Molinaro, vice-presidente do Escritório de Representação do Scotiabank no Brasil, ressalta que, na percepção geral, o país encontra-se economicamente bem posicionado. “Mas ainda é possível que ocorra um abalo negativo provocado pela queda nos índices de exportação, setor que deverá sofrer em decorrência dos acontecimentos globais”, avalia. Segundo o executivo, os maiores perdedores até agora foram os investidores em ações e as empresas cujo acesso ao crédito foi reduzido. “O impacto direto da crise no Brasil e no Canadá foi menor em relação aos demais, resultado de seus sistemas bancários relativamente fortes”, acrescenta.
Dados do Consulado do Canadá em São Paulo revelam que, em 2007, o fluxo comercial entre Brasil e Canadá correspondeu a 4,9 bilhões de dólares canadenses.

O Ministro do Comércio Internacional do Canadá, Stockwell Day, acredita que o cenário promissor se manterá em 2009. “A economia sólida dos dois países motivará os negócios em parceria”, prevê. Alinhada a essa oportunidade, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) e a Apex-Brasil promoveram, em dezembro de 2008, uma Missão Prospectiva ao Canadá, com o objetivo de identificar mercados em potencial. “O governo brasileiro destacou o país como prioritário em sua estratégia de exportação, o que intensificará as relações existentes”, explica James Mohr-Bell, diretor-executivo da CCBC. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras ao Canadá atingiram, no ano passado, mais de US$ 1,8 bilhão, enquanto a importação de produtos canadenses pelo Brasil foi de mais de US$ 3,2 bilhão.

Para ampliar esses números, além da CCBC e da Apex, representantes da Associação dos Fabricantes de Produtos Médicos e Odontológicos (ABIMO), da Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software (Softex) e da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) visitaram as províncias de Ontário e de Quebec durante a Missão Prospectiva. A experiência, de acordo com Irene Naomi Hiratsuka, business intelligence & international marketing manager da ABIMO, foi uma “grata surpresa”. Segundo ela, a especialização canadense em Pesquisa e Desenvolvimento pode beneficiar o Brasil. “Por outro lado, o Canadá não é especialista na comercialização de produtos desenvolvidos, sendo uma ótima oportunidade para as empresas nacionais”, acredita. Para a Softex, o mercado canadense de softwares não é novidade. Gláucia Chiliato, gerente do Projeto PSI SW, conta que a entidade já participou de feiras e de rodadas de negócios com o país. “Pretendemos incluir o Canadá na lista de mercados relevantes da Softex e estimular a participação de companhias brasileiras em eventos realizados em território canadense”, diz a executiva, ao avaliar que a missão “permitiu retomar o contato com este potencial parceiro”.

Mais do que reforçar a parceria tecnológica, Bernardo Silva, gestor da Apex para a América do Norte, acredita que os negócios para setores como alimentos, bebidas, móveis e materiais de construção serão impulsionados. “O mercado canadense é pouco explorado e os ganhos com o crescimento de nossa atuação no país podem ser consideráveis”, explica. Silva acrescenta que a Apex agora estreitará as relações com o governo do Canadá, a iniciativa privada e as entidades ligadas ao país, como a CCBC. “As missões comerciais ajudam a identificar novas oportunidades de negócios e a quebrar paradigmas que hoje são barreiras de entrada de nossas empresas no país”, acrescenta. Roberto Del Papa, diretor-comercial da Indústria Metalúrgica FRUM concorda: “A missão nos permitiu conhecer melhor o mercado canadense e as entidades que fornecem informações sobre o país”, diz.

Se o Brasil pretende intensificar suas relações com o Canadá, o mesmo pode-se dizer sobre os canadenses. Nos últimos anos, a relação comercial entre o país e a província de Quebec está em ascensão, segundo o Escritório do Governo de Quebec em São Paulo. “Um dos principais instrumentos para isso são as missões comerciais, que apresentam as possibilidades existentes no Brasil para companhias que jamais teriam acesso a essas informações”, diz Jose Castro, assessor comercial da entidade. De acordo com ele, companhias quebequenses começam a se conscientizar sobre a importância de diversificar seus mercados-alvo, já que muitas têm sua produção praticamente destinada aos Estados Unidos. “A Missão Prospectiva da CCBC é muito importante para ampliar esta relação, pois, além de aumentar positivamente a visibilidade do Brasil em Quebec, cria fortes laços com as instituições da província, o que é fundamental no processo de fomento ao comércio bilateral”, diz.

Em 2009, Castro conta que os planos do Escritório do Governo de Quebec em São Paulo prevêem a continuidade do apoio às companhias interessadas em trabalhar com o Brasil. “Além disso, já temos prevista a realização de missões importantes que vão auxiliar a consolidar os vínculos estabelecidos. Mesmo em tempos turbulentos, identificamos ótimas oportunidades de negócios nos setores de Tecnologia da Informação, mineração (em equipamentos e serviços), telecomunicações, aeronáutico (em peças) e florestal (em equipamentos e serviços), que potencializarão a relação entre os dois países”, conclui.


Via de mão dupla

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras ao Canadá corresponderam, em 2008, a US$ 1.866.170.747,00, enquanto a importação de mercadorias canadenses pelo Brasil foi de US$ 3.209.883.255,00. Conheça os principais produtos comercializados pelos países no ano passado:

Exportação Brasil-Canadá
Produto
Product
Valor (em US$) | Amount (in US$)
Alumina calcinada Calcinated alumina 459.670.291
Açúcar de cana Sugar from sugarcane 216.102.212
Aviões / veículos aéreos Aircraft / airborne vehicles 126.114.112
Automóveis Automobiles 106.229.214
Minério de alumínio Aluminum ore 66.694.877



Importação Brasil-Canadá
Produto
Product
Valor (em US$) | Amount (in US$)
Cloretos de potássio Potassium Chlorides 1.244.391.232
Enxofre a granel Sulphur in bulk 395.652.418
Outras hulhas Other minerals 240.215.959
Papel jornal Newspaper paper 197.334.670
Trigo Wheat 106.680.071


Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior