* Tradução de inglês para português e/ou português para inglês;

* Especialista em termos técnicos, incluindo todas as áreas de Biologia e Medicina;

*Tradução de resumos (abstracts);
* Mais de 15 anos de experiência;
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"...a tradução, quando praticada como se deve, não é mera profissão, mas arte, vocação, destino. As qualidades do bom tradutor são, em grande parte, as mesmas do bom escritor: inteligência, talento, gosto seguro, bom senso, imaginação, senso de harmonia..."

Paulo Rónai in À Margem das Traduções

'À Margem das Traduções' é uma compilação de vários artigos escritos por Agenor Soares de Moura e traz análises críticas de traduções de autores consagrados - como Edgar Allan Poe, Thomas Mann, Alexandre Dumas, entre outros. É uma importante obra de referência, não apenas por apontar falhas comuns nesse tipo de trabalho, mas, principalmente, por estruturar um modelo de como se deve ou não traduzir, citando nomes consagrados de nossa literatura - como Monteiro Lobato e Érico Verissimo.

Novo Acordo Ortográfico


NÃO É REFORMA, MINHA GENTE, É SÓ UM ACORDO!

Marcos Bagno - Novembro de 2008

Me espanta sempre a falta de criatividade (se é esse o nome do problema) dos jornalistas quando o assunto é língua. Existem temas interessantíssimos e questões cruciais para a compreensão das complexas relações entre língua e sociedade, mas esses profissionais da mídia só querem tratar do óbvio. E, para piorar, não lêem o que seus colegas publicam, procuram os especialistas (ou os falsos especialistas, na maioria dos casos) e perguntam as mesmas coisas, para obter as mesmas respostas já impressas e reimpressas. Como sou um dos rarissíssimos lingüistas brasileiros que descem da torre de marfim acadêmica e dão a cara a tapa na divulgação científica e na disposição ao debate em terreno leigo (só consigo pensar num único outro colega que também faz isso, Sírio Possenti, da Unicamp, em suas colunas semanais na internet), recebo todos os dias pelo menos um pedido de entrevista. E todos só querem saber de três entidades fabulosas: a "reforma" ortográfica (que não existe); o "gerundismo" (que também não existe) e a "língua" da internet (que existe tanto quanto a mula-sem-cabeça). As palavras empregadas já indicam, de saída, a absoluta falta de informação de quem faz as perguntas. Com isso, num exercício de paciência que, espero, vai acumular pontos no meu cartão-fidelidade para participar da comunhão dos santos, tento, primeiro, desmontar as perguntas para depois responder. Haja!

A quantidade de declarações infelizes, quando não francamente burras, que circulam hoje em dia sobre a questão ortográfica mereceria uma boa investigação sociológica. Por que esses discursos são tão refratários a qualquer racionalidade mínima? Por que é que pessoas, aparentemente inteligentes, têm coragem de dizer que a partir de agora não vamos mais dizer "lingüiça" mas "linghiça", porque o trema foi abolido? Que a supressão do acento em "ideia" vai dificultar saber se a vogal tônica é aberta ou fechada? Ora, não existe acento que diferencie "velha" de "telha", "a corte" e "o corte", "a cerca" e "ele cerca", e no entanto ninguém confunde o grau de abertura das vogais tônicas dessas palavras. Vamos estudar um pouquinho, gente?

Antes de tudo, é preciso bradar aos quatro ventos que não se trata de uma "reforma", mas simplesmente de um acordo que elimina as pequeninas diferenças que existem entre as duas convenções ortográficas que vigoram no mundo de língua portuguesa: a brasileira e a lusitana, que impera em Portugal e nos demais países ditos lusófonos. Uma reforma, para merecer esse nome, implicaria em alterações radicais na aparência escrita da língua, como aconteceu, por exemplo, em 1945, quando "physica" virou "física" e "rhythmo" virou "ritmo". Nada disso está sendo proposto agora. São apenas alguns poucos acentos gráficos que deixarão de ser usados, junto com o trema (que, pelo amor de Deus, não é um acento!), além de uma regulação do uso do hífen. Com isso, somente 0,5% das palavras escritas em português brasileiro sofrem alguma alteração. É muito, muito pouco para alguém falar de "reforma". Mas muita gente fala! Perdoa, Pai, eles não sabem o que fazem...
Para não repetir o que já foi dito por outras pessoas mais competentes do que eu, remeto os leitores a dois textos primorosos, facilmente acessíveis. O primeiro é de José Luiz Fiorin e está disponível no meu site (www.marcosbagno.com.br) com o título "E agora, Portugal?". O outro é de Carlos Alberto Faraco e está no site do Museu da Língua Portuguesa (www.estacaodaluz.org.br) com o título "Uma mudança necessária".
Nesses dois textos, o que se destaca é a análise política que eles fazem do Acordo. É essa que deveria interessar aos jornalistas, e não as novas regras de acentuação, que são pouquíssimas e podem ser aprendidas de cor em meia hora. Como escreve C. A. Faraco, "Portugal transformou a duplicidade de ortografias num instrumento político para embaraçar a presença brasileira seja nas relações com os demais países lusófonos, seja na promoção internacional da língua". E é isso mesmo. Muita gente naquele país totalmente desimportante na geopolítica global teme que o Brasil assuma, de fato e de direito, as rédeas na condução dos destinos da língua portuguesa no mundo, como se isso não fosse inevitável. Com o apego à ortografia que vigora lá e nos demais países, Portugal impede a livre circulação de material impresso no Brasil, sobretudo livros didáticos e dicionários; não reconhece os diplomas de proficiência em língua portuguesa que nós expedimos; exige que os organismos internacionais publiquem todos os seus documentos segundo as normas da grafia instituídas por lá etc. Trata-se de uma política lingüística tacanha, que tenta encobrir o sol brasileiro com a peneira minúscula da ortografia lusa. No Brasil vivem 90% dos falantes de português de todo o mundo. O português brasileiro (e não simplesmente "o português") é a terceira língua mais falada no Ocidente (depois do espanhol e do inglês). Se todos os habitantes de Portugal e dos outros países "lusófonos" (que de lusófonos não têm nada: neles só uma minoria fala português) deixassem de usar a língua, ainda assim essa posição do português brasileiro não se alteraria no panorama lingüístico global.

Defender a validade e a necessidade do Acordo ortográfico é defender a importância do Brasil e do português brasileiro no cenário mundial. É conferir auto-estima a um povo que, há meio milênio, vem sendo acusado de "arruinar" o "idioma de Camões". Arruinamos mesmo, pronto, e daí? Mas é sobre essas ruínas que estamos erguendo uma língua surpreendente, que deixa os lingüistas fascinados com as inovações sintáticas que estamos introduzindo, uma língua que é a cara do nosso povo, como têm quer ser (e de fato são) todas as línguas do mundo.


Artigo de Marcos Bagno (Lingüista, professor da UNB - Universidade de Brasília) publicado na Revista



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A Tradução


Tradução é uma atividade que abrange a interpretação do significado de um texto em uma língua — o texto fonte — e a produção de um novo texto em outra língua mas que exprima o texto original da forma mais exata possível na língua destino; O texto resultante também se chama tradução.

Quem desconhece o processo de tradução quase sempre trata o tradutor como mero conhecedor de dois ou mais idiomas. Traduzir vai além disso. Há um famoso jogo de palavras em italiano que diz "Traduttore, Traditore", cuja tradução é "Tradutor, traidor".

Primeiramente, a tradução envolve dois idiomas, mas não para aí. As áreas ou tipos de textos traduzidos são variadíssimos. Um bom tradutor de romances não é obrigatoriamente um bom tradutor de textos científicos, e vice-versa.

Tradicionalmente, a tradução sempre foi uma atividade humana, embora haja tentativas de se automatizar e informatizar a tradução de textos em língua natural — tradução automática — ou usar computadores em auxílio à tradução (Tradutores on-line).

Segundo Marcello Novaes de Amorim [mestre em informática pela UFES], de um ponto de vista ontológico, a tradução pode ser entendida como o ato de mapear um texto, transportando-o de um domínio a outro.


História

As primeiras traduções importantes no ocidente foram da Bíblia. Os judeus haviam passado muito tempo sem falar hebraico, que se perdeu, e as escrituras tiveram que ser traduzidas para que fossem entendidas pelos judeus. De acordo com um documento chamado "Cartas de Aristéas, no século III, sob o reinado Ptolemeu II Filadelfo[1], no Egito, 72 sábios traduziram, do hebreu para o grego, as Sagradas Escrituras. Essa versão da Biblia se conhece como a versão alexandrina ou a versão dos 70. No século II, a Biblia foi traduzida do grego para o latim, originando a versão conhecida como Vetus Latina.

Poesia e Música

Talvez a forma literária de mais difícil tradução seja a poesia. Não só é necessário manter o significado, mas também o ritmo, as rimas e outras características típicas da poesia. Mais difícil, ainda, é a tradução da poesia ou mesmo da prosa, quando se trata de um texto de uma música (letra), pois este deve-se submeter à prosódia musical, ou seja, os acentos tônicos das palavras devem, preferencialmente, coincidir com os acentos musicais (arsis e thesis). Por exemplo: imagine se a conhecida melodia do "Happy birthday to you" (Parabéns pra você) fosse traduzida por "Feliz aniversário". A palavra "feliz" teria uma acentuação errada (fêliz). Isso pode até mesmo originar cacófonos e cacófatos.


Origem: Wikipedia

Tradução: Paulo Leminski!


Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989), foi um escritor, poeta, tradutor e professor brasileiro.
Leminski sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.

Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima.
Eis seus trabalhos como tradutor:

* FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
* FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
* JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
* JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
* LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
* MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
* PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
* BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
* Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.
Fonte: Wikipedia


"Acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido."


Livro: Línguas, Poetas e Bacharéis: uma Crônica da Tradução no Brasil


Lia Wyler, a premiada e respeitadíssima tradutora das aventuras do bruxinho Harry Potter e de tantos outros sucessos, lança seu primeiro livro. Em Línguas, poetas e bacharéis: uma crônica da tradução no Brasil, ela conta a história de seu ofício no país, do período colonial aos dias de hoje. Numa nação onde 80% dos livros de prosa, poesia e referência, bem como manuais e catálogos, são traduzidos, a história da tradução se confunde com a própria trajetória do país. Após traçar um interessantíssimo painel histórico, a autora lança uma questão crucial: por que a atividade do tradutor se mantém invisível em um país que durante 500 anos lê, pensa e sonha traduções das culturas que o têm dominado? A imprensa, de modo geral, costuma omitir os nomes dos tradutores nas resenhas literárias e nas listas de livros mais vendidos. Além disso, este ofício tão antigo só se tornou profissão liberal no Brasil no fim da década de 80 e aguarda a regulamentação até hoje. Ao longo de seu valioso trabalho de pesquisa e reflexão, Lia Wyler defende algumas teorias. A principal delas talvez seja a de que não existe uma única tradução perfeita possível, mas tantas quanto tradutores houver. Lia também argumenta que o texto do autor não é o único original - o do tradutor também o é, visto que não havia sido escrito antes. Tanto que a criação intelectual do tradutor é protegida por lei.

Editora: Rocco
Autor: LYA WYLER
Origem: Nacional
Ano: 2003
Número de páginas: 158